São formações semelhantes aos gêiseres, aqueles cones com um duto interno por onde jatos de água quente saem do interior da terra e chegam até a atmosfera. As estruturas de Anhembi (a cerca de 160 quilômetros de Campinas) eram conhecidas da literatura científica desde 1972, mas passaram a ser estudadas mais profundamente a partir de 2003, por meio de um projeto de pesquisa financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).O que encontramos em Anhembi é talvez o único registro geológico no mundo de atividade hidrotermal muito intensa no período Permiano, afirma o diretor do Instituto de Geociêcias da USP e Coordenador da pesquisa, Jorge Kazuo Yamamoto. A pesquisa poderá ainda auxiliar os cientistas a identificar, por exemplo, quais eram as bactérias que viviam naquele ambiente, para serem comparadas com as atuais, que têm aplicação industrial.O trabalho dos pesquisadores da USP resultou num artigo que foi publicado em 2005 na revista Nature.